terça-feira, 16 de agosto de 2011

Adolescência

Meus pensamentos estão repletos de músicas da minha adolescência, que ouvíamos juntas fazendo faxina em casa (que tempo bom e divertido!), ou enquanto você cozinhava esperando uma visita especial e curtíamos nossa casa gostosa em São Paulo.
Padre Zezinho, as mais antigas dele, quando você nos educava e despertava em nós um amor pela Igreja, pelas coisas do Céu...
Tenho relembrado esses momentos santos, cheios de vida, recordando sua penteadeira no quarto cheia de maquiagens da Natural Glow, das suas roupas que eu sonhava usar um dia, dos seus sapatos de saltos altíssimos. Esse seu lado vaidoso, bonito, que me ensinava regras de etiqueta, suas histórias de comissária da Varig, nossas risadas. Detalhes, como arrumar a mesa para o jantar, e as mil lições que você dava a mim e à Lilinha diariamente. À noite chegava o papai do trabalho, cansadíssimo, mas brincalhão, feliz, carinhoso.
E jantávamos em família. Foram 19 anos assim. Depois nos mudamos de casa, mudamos de cidade, mudamos de rotina, mas tudo continuou muito bom.
Vivemos mais 8 anos muito bem e mudamos novamente. Dessa vez você foi sozinha, para Deus, e nós ficamos aqui na saudade, nas lembranças, na vontade de viver tudo de novo. Muitas vezes capengando, mancando, vivendo mutilados. Mas vivendo. Em paz, com alegria, como você faria. Vivendo em sua homenagem, com a certeza cega de que em breve estaremos todos nos braços de Deus.
Amo você, mãe! A falta que você faz me mostra isso todo dia. Amo você!

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